Por que as reformas educacionais fracassam no México?

Resumo

Por que as reformas educacionais fracassam no México, baseio-me na noção filosófica do absurdo, que Albert Camus expôs em seu trabalho, especificamente em seu livro O Mito de Sísifo, publicado originalmente em 1942, em meio à Segunda Guerra Mundial. Além disso, tomei emprestadas algumas ideias expressas nas obras de Friedrich Nietzsche e Franz Kafka. Também utilizo o conceito de decadência social. Ele não é novo, vários autores já o analisaram e aparece de forma recorrente na obra de Jacques Barzun, Del amanecer a la decadencia, 500 años de vida cultural en Occidente (de 1500 a nuestros días), publicada no México em 2005 pelo grupo editorial Santillana. Da mesma forma, o pesquisador mexicano Daniel Ramos Sánchez usa esse conceito em seu livro Mexico: An Era of Social Decadence (México: Uma Era de Decadência Social), no qual aborda o assunto sob a perspectiva do Fernand Braudel Center da Universidade Estadual de Nova York. Esse absurdo, para chamá-lo assim, manifesta-se de forma atemporal nas constantes e frequentes divagações políticas. Ele se manifesta na inépcia, entendida como as ações do governo que não fazem sentido.
Resumo de algumas das causas do fracasso: Uma classe dominante política voraz e corrupta. Sem dúvida, a mais corrupta de toda a América. Um Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Educação (SNTE), o maior da América Latina e, sem dúvida, o mais corrupto de toda a América. Uma burocracia medíocre e corrupta do sistema educacional (SEP). Um governo nacional à deriva, sem estadistas, cuja elite governante se mantém no poder mudando as cores dos partidos de acordo com seus interesses. Um povo, cuja maioria sobrevive na pobreza e na ignorância, recebendo apenas migalhas para continuar votando e mantendo a elite governante no poder.