Face à epidemia COVID19, um estudo sobre conectividade e as condições de estudo de estudantes de uma universidade pública brasileira

Autores

  • Graziela Perosa Universidade de São Paulo
  • Veronica Guridi Universidade de São Paulo
  • Diego Falceta-Gonçalves Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.25087/Doi:%20resur9.10.a7

Palavras-chave:

COVID-19, conectividade, condições de estudo, acesso a Internet

Resumo

Com a eclosão da pandemia de COVID19, todas as instituições de ensino tiveram que implementar o ensino à distância, e uma das hipóteses que surgiram com maior força foi a de que as desigualdades sociais ampliariam as desigualdades nas condições de estudo e de acesso a Internet existentes entre os estudantes. Diante deste impasse, em uma universidade pública brasileira, a comissão de graduação de uma unidade optou por fazer um estudo que permitisse correlacionar as características sociais dos estudantes, suas condições de conectividade (acesso à internet e equipamentos disponíveis) e de estudo domiciliar. O presente trabalho apresenta os resultados desse estudo, realizado com 1681 estudantes de graduação. Foi elaborado um questionário disponibilizado online durante uma semana e realizada uma análise quali/quantitativa, relacionando as condições de moradia, de acesso à Internet e de estudo domiciliar, na modalidade online e/ou EaD. As análises e resultados obtidos possibilitaram refutar a inferência de que quanto maior for a renda familiar, ou quanto mais equipamentos um estudante possui, maior será a probabilidade de ser favorável ao ensino à distância, surgindo outras hipóteses como a de que a opinião sobre a continuidade do semestre letivo nessas condições pode depender de outro tipo de fatores.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Graziela Perosa, Universidade de São Paulo

Professora Associada da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH/USP), coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Estudos Culturais e pesquisadora do Observatório Interdisciplinar de Políticas Públicas (OIPP/EACH/USP). Possui doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas, mestrado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo e Graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Veronica Guridi, Universidade de São Paulo

Professora em regime de dedicação integral à docência e pesquisa na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Coordenadora do curso de Graduação em Licenciatura em Ciências Sociais e membro da Comissão de graduação (EACH/USP). Possui graduação em Licenciatura Plena em Matemática e Física - UNICEN, Mestrado em Epistemologia e Metodologia da Ciência - UNMdP, Doutorado em Educação (orientação Ensino de Ciências e Matemática) pela USP

Diego Falceta-Gonçalves, Universidade de São Paulo

Professor Titular na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. É Bacharel em Física com Habilitação em Astronomia pelo Instituto de Física da Universidade de São Paulo (2000). Concluiu seu Doutorado em Astronomia, pelo IAG/Universidade de São Paulo, em 2005. Foi Vice-Diretor Executivo da FUVEST (Fundação Universitária para o Vestibular, da USP) e atualmente é vice-presidente da Comissão de Graduação da EACH/USP.

Referências

Almeida, A. M. F. & Ernica, M. (2015). Inclusão e segmentação social no Ensino Superior público no Estado de São Paulo (1990-2012). Revista Educação & Sociedade 130 (36): 63-83.

Baudelot, C. & Establet, R. (2009). L´élitisme républicain. L´école française à l´épreuve des comparaisons internationales. Paris: Éditions du Seuil et La Republique des Idees,

Baudelot, C. & Establet, R. (2007). Quoi de neuf chez les filles? Entre stéréotypes et libertés, Nathan, coll. « L'enfance en questions », 141 p.

Boudon, R. (1973). L’inégalité des chances. La mobilité sociale dans les sociétés industrielles. Paris: A. Colin.

Bourdieu, P & Passeron, J-C. (1964). Les héritiers: les étudiants et la culture. Paris: Minuit.

Bourdieu, P & Passeron, J-C. (2014). Os herdeiros: os estudantes e a cultura. Florianópolis: Editora da UFSC.

Corbucci, P. R. (2014). «Evolução do acesso de jovens à educação superior no Brasil”. Texto para discussão. Instituto Nacional de Pesquisa Econômica Aplicada. Brasília: IPEA, 2014. Disponível: http://www.ipea.gov.br/blog/?p=2287

Durand Delvigne, A. & Duru-Bellat, M. (2003). “Co-educação e construção das relações de gênero”. In. Maruani, Margaret & Hirata, Helena. As novas fronteiras da desigualdade: homens e mulheres no mercado de trabalho. São Paulo: SENAC.

Perosa, G. & Costa de Lima, T. (2015) Uma democratização relativa. Revista Educação & Sociedade 130 (36).

Ribeiro Costa, C. A., Ceneviva, R. y Brito Murillo, M. (2015). “Estratificação educacional entre jovens no Brasil: 1960 a 2010”. In: Arretche, Marta. Trajetórias das desigualdades: como o Brasil mudou nos últimos cinquenta anos. São Paulo: Editora UNESP, p. 79-108.

Ribeiro Costa, C. A. (2011). Desigualdade de oportunidades educacionais no Brasil: raça, classe e gênero. Educação on-Line (PUCRJ), v. 8, p. 1.

Ringer, F. (2000). O declínio dos mandarins alemães: a comunidade acadêmica alemã, 1890-1933. São Paulo: Edusp.

Publicado

2020-12-30

Como Citar

Perosa, G., Guridi, V., & Falceta-Gonçalves, D. (2020). Face à epidemia COVID19, um estudo sobre conectividade e as condições de estudo de estudantes de uma universidade pública brasileira. Revista De Educación Superior Del Sur Global - RESUR, (9-10), 142–171. https://doi.org/10.25087/Doi: resur9.10.a7